No último dia 31 de agosto de 2015, a pedido do Secretário Geral da Conaccovest Rogério Aquino, reuniu-se na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais FIEMG, a diretoria da Força Sindical Minas e os Sindicatos ligados à indústria com a presença do senhor Olavo Machado Junior, Presidente da FIEMG para tratar de vários assuntos, entre eles a atual crise do País. Foi discutido também a respeito das datas base das categorias que irão começar as negociações coletivas junto a FIEMG no segundo semestre de 2015. Conforme texto abaixo.
A necessidade de encontrar alternativas para a crise econômica levou o presidente da Força Minas, Vandeir Messias, até a sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), em audiência com o presidente da entidade empresarial, Olavo Machado Júnior, em 31/08.
O presidente da Central foi acompanhado por lideranças sindicais do ramo fabril, majoritariamente. Na comitiva, Ernane Dias, presidente da Federação dos Metalúrgicos (Femetalminas); Newton Pires Müller, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Ftialim); Carlos Cassiano, presidente da Federação Mineira dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Minas Gerais (Femquifert-MG); Carlos Malaquias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Fiação e Tecelagem de Belo Horizonte e tesoureiro da Força Minas; Valter Aguiar, diretor do Sindicato dos Aeroviários de Minas (SAM); Luiz Gonzaga de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Contagem (Sinticomc), Ibirité, Sarzedo, Mário Campos e Esmeraldas; Elienai Coelho, vice-presidente do Sindicato dos Químicos, Plásticos e Farmacêuticos de Belo Horizonte e Região (SindLuta), e José Avimar Ramos da Silva, presidente do Sindicato dos Vidreiros de Minas (Sindvidro-MG), Rudney Maia, diretor do Sintimc, e o advogado Dionísio Barreto, assessor jurídico da Força Minas.
A intensão dos sindicalistas foi abrir um canal permanente de diálogo com o segmento patronal, por meio de uma pauta alternativa às negociações coletivas, além do momento das datas-base, conforme declarou Vandeir Messias, ao abrir a reunião com o líder empresarial.
SEMINÁRIO CONJUNTO – Na companhia da Gerente de Relações de Trabalho da entidade, Verônica Flecha de Lima, o presidente da FIEMG disse que o empresariado está pronto para discutir e propor soluções, afirmando que “a oposição não construirá nada”. Ele concordou com a proposta apresentada por Messias de realizar seminário entre as lideranças sindicais e empresariais, com a presença da representação estatal, pois, segundo falou, é preciso estabelecer uma convivência mais harmoniosa entre as partes, já que “é necessário encontrar um caminho que sirva para os dois lados”, observou.
Ao dizer que, embora forte, a indústria brasileira não se encontra no estágio desejado, Olavo Machado Júnior apresentou números que embasam a afirmação feita por ele. Ele informou que, mesmo havendo 130 mil empresas inscritas como indústria na Junta Comercial mineira (Jucemg), existem somente 10 com mais de três mil funcionários; 120 com mais de mil; 300 com 500 empregados; 1.800 com mais de 100 e 3.680 com mais de cinco trabalhadores. Estas 5.910 indústrias empregam 72% dos trabalhadores empregados e arrecadam 95% dos impostos.
Ernane Dias, da Femetalminas, ilustrou a dificuldade do momento com episódio ocorrido na localidade de São Vicente, distrito de Baldim, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, em que 160 metalúrgicos perderam o emprego, fato de forte impacto negativo.
Rogério Aquino, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Belo Horizonte e secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest), condenou o fato de o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pro medida provisória, em 06/07, cortar 30% do salário do empregado e compensar a metade utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), um fundo especial, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico.