Enfrentar a crescente importação de peças de vestuário fabricadas com mão de obra barata é um dos principais desafios da indústria têxtil e de confecção nacional.
De acordo com a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as importações de vestuário subiram 23 vezes entre 2003 e 2013, saindo de 100 milhões de dólares para 2,37 bilhões de dólares. “Estamos enfrentando a China, Índia, Bangladesh e Peru. Nenhum trabalhador nosso queria trabalhar lá, mas não olhamos a etiqueta ao comprar esses produtos”, disse o diretor superintende da Abit, Fernando Pimentel.
De acordo com a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, e também presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, Eunice Cabral, o setor precisa urgentemente de ajuda.
“Para fazer concorrência com os produtos importados, os (as) trabalhadores (as) estão se sujeitando a fazer excesso de jornada de trabalho, com medo da demissão.”, afirmou Eunice.
Segundo a sindicalista “o governo dá um subsídio grande para o setor automobilístico enquanto o têxtil emprega o triplo da mão de obra”.
Segundo pesquisa, somente nos últimos 12 meses o setor teve retração de 10,63%, declínio atribuído ao aumento da entrada de importados no País.