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Fiscalização autua gigante do vestuário, que nega irregularidades
19/05/2015



Durante as fiscalizações os fiscais detectaram que a marca utiliza oficina de costura (bancas) e não fiscaliza o cumprimento das obrigações para com os trabalhadores, também ocorreu aumento de acidentes de trabalho, não cumprimento de direitos como depósito do FGTS, atraso de salário e fraudes na marcação de ponto (postura muito comum nas bancas de produção).
A Zara, uma das maiores empresas do setor têxtil do mundo, foi autuada pela fiscalização do Trabalho em São Paulo sob o argumento de descumprir compromisso assinado em 2011 para aperfeiçoar as condições de trabalho, segurança e saúde na sua cadeia de fornecedores e terceiros (Bancas de produção de vestuário).
O termo de ajustamento de conduta (TAC) foi feito após fiscais constatarem que uma fornecedora da Zara havia subcontratado uma oficina (banca) que utilizou imigrantes bolivianos e peruanos submetidos a condições degradantes de trabalho para fabricar roupas para a marca.
Duas multas foram entregues à rede em abril, no valor de R$ 840 mil. A Zara diz que recorreu.
A maior delas foi aplicada por discriminação: os fiscais entenderam que a rede excluiu de sua cadeia oficinas (bancas) que empregavam estrangeiros. O MTE (Ministério do Trabalho) também encaminhou pedido ao Ministério Público do Trabalho para executar na Justiça a cobrança de R$ 25 milhões por descumprimento do acordo (TAC). O órgão não se pronunciou ainda e analisa o caso, apurou a Folha.
"A ação de execução do MPT deve confirmar o valor. Foi calculado considerando 7.071 trabalhadores prejudicados em 67 empresas da cadeia, fiscalizadas no país", diz Renato Bignani, coordenador do MTE em São Paulo.

Para chegar à conclusão de não cumprimento do TAC, uma auditoria com 40 fiscais do órgão e da Receita Federal de SP e SC, para onde a rede mudou parte de sua produção, foi realizada entre agosto e abril deste ano.

"A Zara tirou sua produção de São Paulo e levou parte para Santa Catarina, depois de a fiscalização apertar. A empresa pode ter doado R$ 7 milhões para construir o centro do imigrante paulista, mas não cumpriu a obrigação de melhorar a cadeia", diz o superintendente do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio de Medeiros.
Os fiscais citam 433 irregularidades em 83 inspeções feitas nessas empresas. Dizem ter encontrado evidências de aumento de acidentes de trabalho, não cumprimento de direitos como depósito do FGTS, atraso de salário e fraudes na marcação de ponto (postura muito comum nas bancas de produção).
"Os acidentes passaram de 73 em 2012 para 84 no ano passado. Só em SP foram ajuizadas 322 ações em três anos por trabalhadores dessa cadeia", diz Sergio Aoki, um dos fiscais que coordenaram a auditoria. "Se a empresa tivesse cumprido o TAC, detectado esses problemas nas auditorias externas que se comprometeu a fazer, os números não seriam esses."
Segundo o relatório, em uma oficina em São Paulo e no alojamento foram encontradas "péssimas condições de trabalho, comida estragada e baratas". Essa oficina foi alvo de operação em 2014, quando os fiscais verificaram a fabricação de peças para a Lojas Renner. A empresa não firmou TAC e informou que as irregularidades foram responsabilidade de confecção que prestava serviço para ela.
"Encontramos documentos que mostraram que a Zara usou essa mesma oficina em 2013 para fabricar 8.450 camisas e calças. Mas não relatou irregularidades em suas auditorias", diz Bignani.
“Sempre que o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, constata este tipo de irregularidades ele encaminha a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego denúncias e pedidos de fiscalização para este tipo de oficinas de oficinas irregulares. Todo trabalhador deve ter seu direito respeitado e cumprido. Esta é uma luta constante deste sindicato” – Declara Eunice Cabral – Presidente do Sindicato de trabalhadores e da CONACCOVEST.
“Não é diferente a situação encontradas nas bancas de calçados (desrespeito a legislação trabalhista, falta de registro na carteira de trabalho, falta de depósito do FGTS e de total desrespeito á saúde e segurança no meio ambiente de trabalho) e apesar de o Sindicato dos Sapateiros de Birigui efetuar denúncia a fiscalização do trabalho de Araçatuba, a Prefeitura Municipal e ao Ministério Público do Trabalho e prática ainda persiste e continua causando prejuízos a centenas de trabalhadores em Birigui/SP¨ – Ressalta Milene Rodrigues – Presidente do Sindicato.


   
Autor: adaptação Milene Rodrigues
Fonte: O Tempo Brasil

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