A manifestação das centrais sindicais na capital paulista interditou o sentido Consolação da Avenida Paulista, uma das principais da cidade. O ato foi um protesto às Medidas Provisórias 664 e 665, anunciadas no final do ano passado pelo governo federal, que alteram regras para benefícios sociais como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego.
Estima-se que mais de 10 mil pessoas participaram da mobilização. O protesto começou às 9h no vão - livre do Museu de Arte de São Paulo- MASP, de onde os manifestantes seguiram em passeata até o prédio da Petrobras e depois para o Ministério da Fazenda, com o objetivo de entregar um documento com críticas às medidas do governo.
O protesto foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros, a Nova Central e movimentos sociais.
Entre as reivindicações do movimento sindical destaque para a adoção de fórmulas para melhorar a arrecadação e evitar a retirada de benefícios trabalhistas, como o combate à fraude, à evasão de pagamento dos direitos e aumento da fiscalização.
“Estas medidas provisórias prejudicam e muito os diretos dos trabalhadores”, afirmou a vice-presidente da Força Sindical Eunice Cabral,que também é presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco e da CONACCOVEST.
“Já estamos em negociação com o governo, então, esta manifestação é uma maneira de demonstrar a insatisfação dos trabalhadores, dos movimentos sociais com essas medidas neoliberais” – Afirmou João Carlos Gonçalves (Juruna) secretário-geral da Força Sindical.
As mobilizações se estenderam por todo o país.