Proposta de melhoria ergonômica nos postos de trabalho é apresentada aos sindicatos
No dia 14 de maio, a Fundacentro, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Birigui e o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, estiveram reunidos na sede da entidade para, em conjunto, discutirem propostas de melhoria ergonômica nos postos de trabalho dos segmentos da costura, calçados e vestuário.
A demanda partiu da presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, Eunice Cabral, para que a Fundacentro elabore estudo de implantação ergonômica de máquinas de costuras, complementos e acessórios, com o objetivo de mudar, significativamente, a relação homem-máquina, ao oferecer conforto, eficiência e desempenho no novo formato, bem como nas regulagens.
Os danos posturais, a ausência de proteção de máquinas, o layout, o calor, as fibras de algodão dispersas no ar, a suspensão de máquinas e o uso de cadeiras inadequadas, são riscos presentes na indústria da confecção.
Outros estudos conduzidos pelo ergonomista da Fundacentro e coordenador da proposta, Ricardo Serrano beneficiaram a indústria de Birigui, por meio de alterações já realizadas em todas as fábricas da cidade, o que resultou na queda de afastamento do trabalho. A principal causa dos afastamentos eram queixas na coluna vertebral que hoje, de acordo com a presidente do Sindicato de Birigui, Milene Rodrigues, deixou de ser o 1º fator de afastamento, mas sim, o 5º.
A cidade de Birigui, produtora de calçados infantis, possui hoje 19 mil trabalhadores que produzem mais de 30 milhões de pares de calçados, de acordo com a presidente.
Os técnicos da Fundacentro irão realizar visitar técnicas nos locais de trabalho, com vistas a estudar os postos e a organização nas atividades de confecção. As visitas serão acompanhadas por uma equipe composta de ergonomista (Ricardo Serrano), engenheiro de segurança do trabalho (Jorge Reis) e médico do trabalho (Antonio Daltrini).